sexta-feira, 27 de julho de 2007

ABÚLICOS



Abúlicos são doentes que padecem de uma enfermidade chamada falta de vontade.
Há abúlicos impulsivos, irresolutos e veleitáveis.

Os abúlicos impulsivos são os apressadinhos que não perdem tempo algum para pensar.
Diantes de um obstáculo, nem piscam, partem logo para as vias de fato, por pura preguiça mental.
Não gastam um minutinho sequer para avaliar a situação em que estão envolvidos.
E por não gostarem de pensar, acabam se tornando presas fáceis de idéias fixas, na maioria das vezes, firmadas em conceitos mal definidos.

Os abúlicos irresolutos, ao contrário, perdem-se em intermináveis deliberações.
Com isso, os prós e os contras assumem proporções tão gigantescas, que chegam ao ponto de se tornarem impedimentos a qualquer tipo de ação.
Perdem-se em um sem número de dados, até interessantes por sinal, só que a ação nunca segue o mesmo tom.
Acabam se tornando críticos contumazes com base apenas em suas elaboradas teorias que carecem de prática.
Lamentavelmente nunca dão um passo para a efetivação de seus conceitos.

Os abúlicos veleitáveis, diferentemente, não gastam tempo algum em análises meticulosas, decidem rápido e dão a falsa impressão de agilidade.

Pena é que não conseguem dar prosseguimento à execução daquilo que deliberam.
Acabam ficando à deriva dos acontecimentos e das circunstâncias.
E quanto mais o tempo passa, mais receiosos vão ficando de fazer qualquer obra de implementação.

Assim amigos, estamos cercados de abúlicos,

sejam eles impulsivos - os apressadinhos de cabo a rabo;
sejam eles irresolutos - os analistas de carteirinha que pensam demais e fazem de menos;
sejam eles veleitáveis - os rapidinhos na largada que não passam da primeira curva.

Com os abúlicos, só contabilizamos prejuízo e embaraço ao progresso de qualquer empreendimento.

TÉRCIO DE PAIVA FARIAS

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