quarta-feira, 26 de novembro de 2008

PEDRAS DE TROPEÇO






Quem pratica o mal não conhece a Deus, foi o que ensinou o apóstolo João.
Tem lógica.

Quem conhece a Deus fica distante do mal porque sabe que, sendo Ele amor, não há como abrigar em si mesmo a maldade.
Quem faz o mal quer mais é ser o centro das atenções, para isso, não mede esforço algum para alcançar a primazia entre as pessoas.

Torna-se exagerado, e tanto, que acaba virando um "mala sem alça" - pedra no caminho, pedra de tropeço.

O discípulo amado - João - mostrou-se muito incomodado com um "mala sem alça" chamado Diótrefes que se arvorou ser o manda-chuva da Igreja.
Maldoso como ele só, o homúnculo distilava desprezo pelos mais simples e pasmem, impedia até a quem se dispusesse a recebê-los.
Como chefão do pedaço, bastava bater o pé para sua vontade prevalecer, e ai de quem o desobedecesse, tinha destino certo: rua.
Suas atitudes para com os irmãos da Igreja, vinham recheadas de palavras maliciosas contra o pastor João, através de cruéis difamações que dilapidavam a reputação e a condição moral do apóstolo, como se fosse ele o mais indigno dos réus.
Sujetinho para lá de desprezível, esse tal de Diótrefes!
Pedra de tropeço.

O sábio Salomão registrou que um tipo assim não tem caráter:
"O perverso não tem caráter.
Anda de um lado para o outro dizendo coisas maldosas." (Pv.6:12 - NVI)

Paulo também passou por maus pedaços com um sujeito chamado Alexandre, cognominado de latoeiro que, junto a um comparsa de nome Himeneu, atormentaram o apóstolo.
O homem de Deus registrou que o dito-cujo lhe causou grandes males.
Foi por causa disso que Paulo tratou de alertar a Timóteo acerca do enorme entulho que encontraria em seu iniciante ministério.
Como novo pastor, Timóteo tinha que ficar esperto quando essa pedra de tropeço estivesse nas cercanias e, não menos cuidados deveria ter com outros da mesma estirpe.
Para Paulo, esses tais eram instigadores de contendas, pedras de tropeço.

"O homem perverso provoca dissensão,
e o que espalha boatos afasta bons amigos."
(Pv. 16:28 - NVI)


Personagens com tal grau de perversidade sentem-se "os donos da verdade", e ai de quem se colocar em seu caminho: é banido, mesmo que tenha a estatura espiritual de Paulo.


O latoeiro Alexandre e seu parceiro amedrontavam as pessoas, ninguém ousava enfrentá-los.
Todos preferiam a omissão silenciosa, muito embora reconhecessem que o apóstolo estava carregado de razão.
Num quadro como esse, quem é que se aventuraria a levantar a voz em defesa do apóstolo?
Ninguém, era mais fácil todo mundo dar no pé.


O que precisamos saber de uma vez por todas é: neutralidade moral não existe.
Quem não se levanta a favor de suas convicções, está demonstrando através do silêncio que apoia a opinião contrária, como bem expressa o adágio popular: "Quem cala consente."


Restava a Paulo uma saída para se livrar do trambolhão chamado Alexandre, o latoeiro: entregá-lo a Satanás, a fim de que aprendesse a não blasfemar mais.
Foi o que fez o apóstolo, e sem cerimônia alguma.


Quem conhece a Deus tem a faculdade de antever o mal e, sendo servo tem mais é que cuidar para que a maldade não se materialize.
Tem que ficar alerta, de olho vivo nos transmissores de maledicência, tipo, Diótrefes, Alexandre, Himeneu e seus bagulhos diabólicos.


Esses bichos, especialistas em contendas, com o passar do tempo, acabam se tornando verdadeiras pedras de tropeço a bloquear o Reino de Deus.




TÉRCIO PAIVA FARIAS




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