Deus se comunica com o homem e sempre responde as suas indagações.
Nada e nem ninguém ficam sem resposta.
Claro que há uns que, como sábios aos próprios olhos, têm os pescoços duros e os narizes empinados, só arejam a cuca quando recebem um safanão daqueles.
Está aí a explicação do porquê Deus, às vezes, dá tão severos puxões de orelhas.
Há indivíduo que sem entender patavina nenhuma acerca do transcendental, tem a petulância de abrir a bocarra e alardear palavras sem conhecimento.
O tipinho nem se toca do grande poder que cada palavra expressa contém.
Com essas danadas, todo cuidado é pouco, até mesmo quando falamos conosco, nem que seja tão somente no campo mental.
Palavras sem conhecimento causam males irreparáveis, deixam marcas indeléveis, rompem sólidos relacionamentos, e fluem em banho-maria todo santo dia.
Para voltar ao senso, temos que convir, só se for com um tremendo puxão de orelhas do Todo-Poderoso.
"Agora, cinge os teus lombos como homem; e perguntar-te-ei,
e tu, responde-me" (Jó 38:3)
Ao se dirigir ao homem, Deus deu uma ordem:
"Cinge os teus lombos como homem".
Um cidadão qualquer, para encarar o Altíssimo, tem que estar devidamente paramentado, tem que pôr-se de pé, tem que se achegar a Ele; tem de ater-se a Ele, tão somente a Ele e nada mais.
Homem que é homem, em pleno domínio de sua humanidade, aje assim, respeitosamente.
Ao assumir essa postura, o homem que é homem começa logo a notar sua pequenez diante do gigantesco âmbito de Deus.
No encontro, percebe de cara que é o Todo-Poderoso quem dá as cartas, e Ele, habitualmente, induz a criatura a cultivar um claro raciocínio.
Como ente racional, Ele sabe que o homem, possuidor de semelhante atributo, tem que dele se valer à exaustão para um mínimo de comunicação.
Sobre isso, Paulo, em sua carta aos Romanos alertou:
"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus". (Romanos 12:2)
É claro que tudo isso acontece, porém, não passa de exceção.
A regra está formatada em leis, princípios, preceitos e mandamentos que, uma vez obedecidos, trazem benefícios e causam bem-estar.
O segredo é deixar o canal mental aberto para um perfeito entendimento dos conceitos de Deus.
É assim que se pode chegar às mesmas conclusões do Altíssimo, com toda naturalidade e sem questionamentos posteriores.
Isso explica o porquê das perguntas endereçadas a Jó - o servo sofredor.
O Divino queria que Jó transcendesse, mas para isso, ele tinha que responder de viva voz as perguntas a ele endereçadas, livre de preconceitos de qualquer espécie.
Através de suas próprias respostas, o patriarca entenderia e absorveria de pronto os preceitos de Deus e, imediatamente, ficaria livre das ansiedades que tanto o atormentavam.
Deus nos basta, e isso por si só já acalma o coração, e de sobra, Ele nos faz produtores de palavras de sabedoria.
Para os outros.
TÉRCIO DE PAIVA FARIAS
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