
Grupo de elite selecionado,
Aglomerado de puro talento
dado por Deus.
Todos se preparam para tocar
seu instrumento.
Disposição parece a
ninguém faltar.
Só uma ligeira falta de sintonia é que teima em prevalecer.
...tem que afinar.
Ninguém se entende.
Cada um na sua faz o que bem quer.
Cada um na sua faz o que bem quer.
Parece mais uma réplica da torre de Babel.
Até que o maestro bate a batuta na sua estante.
Aos músicos o som que ecoa tem nome: nota lá.
A harmonia começa a se configurar.
O caos sonoro que agredia os ouvidos tão sensíveis,
Desaparece como que por encanto.
...tem que seguir a regência.
Nuanças de interpretação são propriedade do maestro.
Não são de maneira alguma da orquestra.
À ela cabe uma só coisa: seguir as determinações.
E nada pode sair fora do programado.
Caso alguém se aventure, pode ficar fora da companhia.
Sumariamente afastado.
Não há espaço para quinta-colunas.
...tem que tocar a mesma partitura.
Quer haja preferência pela música escolhida ou não,
Cada músico tem que tocar o que todos estão tocando.
Não importa nem se é um celebrado virtuoso,
Uma coisa por ali ele não é: solista.
Não passa de um componente a mais do corpo,
Pronto para produzir em conjunto.
Por meio da mesma partitura.
...tem que tocar para alguém.
Por melhor que seja o ensaio, não é uma apresentação.
Treino é treino e jogo é jogo, já diz o jargão do futebol.
Há os que são muito bons de treino.
Não estão expostos a nenhuma platéia exigente.
Na hora do jogo que vale, costumam tremer na base.
Morrem de medo das vaias, não podem merecer os aplausos.
A hora h é quando se passa pelo crivo da massa,
Passível de toda espécie de julgamento.
Seja injusto, preconceituoso, ou carregado de agressividade.
Cabe ao executor tão somente seguir em frente
e cumprir o seu papel.
...tem que tocar os corações.
Só técnica não resolve.
Administração por si mesma não produz evolução.
É como a moçoila certinha, mas sem sal, coitada!
Não brilha, não encanta e nem deslancha.
Falta-lhe aquele charme que incendeia os corações.
O público conhece quem tem o halo positivo.
Quando o percebe, a empatia é imediata.
Vai das lágrimas à alegria em profusão.
Torna-se dócil e se deixa conduzir hipnotizado,
Quebrantado, receptivo e humilde como um cordeiro.
Nesse estágio, a Glória do Senhor reina soberana.
A orquestra fica à beira da perfeição.
Executando com todo primor o concerto celestial.
TÉRCIO DE PAIVA FARIAS
Administração por si mesma não produz evolução.
É como a moçoila certinha, mas sem sal, coitada!
Não brilha, não encanta e nem deslancha.
Falta-lhe aquele charme que incendeia os corações.
O público conhece quem tem o halo positivo.
Quando o percebe, a empatia é imediata.
Vai das lágrimas à alegria em profusão.
Torna-se dócil e se deixa conduzir hipnotizado,
Quebrantado, receptivo e humilde como um cordeiro.
Nesse estágio, a Glória do Senhor reina soberana.
A orquestra fica à beira da perfeição.
Executando com todo primor o concerto celestial.
TÉRCIO DE PAIVA FARIAS
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